sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Vestígios arqueológicos revelam a história da ocupação da Amazônia

Pesquisas nos sítios arqueológicos do baixo e médio Solimões estão na revista Proceedings of the Royal Society B. Cerâmicas encontradas pela equipe do Instituto Mamirauá e da Universidade de São Paulo datam do período entre 1.610 e 930 a.C.

 

Pesquisadores realizam expedição para acompanhar a conservação
 dos vestígios arqueológicos encontrados na Amazônia.
Crédito: Instituto Mamirauá

As pesquisas arqueológicas na Amazônia, desenvolvidas pelo Instituto Mamirauá em parceria com a Universidade de São Paulo, estão no artigo The domestication of Amazonia before European conquest, publicado na revista Proceedings of the Royal Society B. Nas regiões do baixo e médio Solimões, os pesquisadores encontraram diferentes vestígios cerâmicos datados do período entre 1.610 a 930 a.C.  

"É interessante pensarmos no quanto essas ocupações interagiram e modificaram o meio ambiente, tornando-o propício para suas necessidades. O que a gente já conhece é quem veio antes e quem veio depois. O próximo passo é entender como eles se relacionavam com o ambiente", afirmou o pesquisador do Instituto Mamirauá, Eduardo Kazuo Tamanaha.

Segundo ele, ainda há pouco conhecimento sobre as primeiras ocupações. "Mas esses grupos estão produzindo cerâmica. E, pelo modo que o grupo ocupa e pelo tipo de cerâmica, a gente consegue associar a outras áreas da Amazônia, e com outras pesquisas", acrescentou.
As pesquisas são desenvolvidas pelas equipes de arqueologia do Mamirauá e do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo desde 2006 em sítios arqueológicos nas Reservas Mamirauá e Amanã e nos municípios de Tefé e Alvarães, no Amazonas. Entre 26 de setembro e 1º de outubro, os pesquisadores estiveram na Reserva Amanã para acompanhar a conservação dos vestígios e o estado de degeneração, de acordo com cada ambiente. 

Fonte: Instituto Mamirauá

 

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