Vestígios arqueológicos revelam a história da ocupação da Amazônia
Pesquisas nos sítios arqueológicos do baixo e médio Solimões estão na revista Proceedings of the Royal Society B. Cerâmicas encontradas pela equipe do Instituto Mamirauá e da Universidade de São Paulo datam do período entre 1.610 e 930 a.C.
Pesquisadores realizam expedição para acompanhar a conservação
dos vestígios arqueológicos encontrados na Amazônia.
Crédito: Instituto Mamirauá
As pesquisas arqueológicas na Amazônia, desenvolvidas pelo Instituto
Mamirauá em parceria com a Universidade de São Paulo, estão no artigo The domestication of Amazonia before European conquest, publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Nas regiões do baixo e médio Solimões, os pesquisadores encontraram
diferentes vestígios cerâmicos datados do período entre 1.610 a 930 a.C.
"É interessante pensarmos no quanto essas ocupações interagiram e
modificaram o meio ambiente, tornando-o propício para suas necessidades.
O que a gente já conhece é quem veio antes e quem veio depois. O
próximo passo é entender como eles se relacionavam com o ambiente",
afirmou o pesquisador do Instituto Mamirauá, Eduardo Kazuo Tamanaha.
Segundo ele, ainda há pouco conhecimento sobre as primeiras ocupações.
"Mas esses grupos estão produzindo cerâmica. E, pelo modo que o grupo
ocupa e pelo tipo de cerâmica, a gente consegue associar a outras áreas
da Amazônia, e com outras pesquisas", acrescentou.
As pesquisas são desenvolvidas pelas equipes de arqueologia do Mamirauá
e do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo
desde 2006 em sítios arqueológicos nas Reservas Mamirauá e Amanã e nos
municípios de Tefé e Alvarães, no Amazonas. Entre 26 de setembro e 1º de
outubro, os pesquisadores estiveram na Reserva Amanã para acompanhar a
conservação dos vestígios e o estado de degeneração, de acordo com cada
ambiente.
Fonte: Instituto Mamirauá
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