sexta-feira, 21 de novembro de 2014

“Luz, Ciência e Vida” é o tema da Semana Nacional de Ciências e Tecnologia 2015

A 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2014) teve mis 35 mil atividades cadastradas em 537 cidades de todo o Brasil, com envolvimento de 560 instituições. O número de atividades já supera a marca de 2013, quando foram registradas 34 mil, em 740 municípios. Segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que coordena o evento, o recorde tende a aumentar.
"Estamos no dia 19 de outubro, quando tecnicamente se encerra a SNCT, mas o que temos no momento ainda é um balanço parcial, porque, em virtude da realização do segundo turno das eleições, muitos estados e municípios vão, na verdade, começar a sua semana nacional nos dois últimos meses do ano", ressaltou o diretor de Popularização e Difusão de Ciência do MCTI, Douglas Falcão, em coletiva de imprensa ao lado do titular da Secis, Oswaldo Duarte Filho, em Brasília.

Temática

Após visitar a SNCT em 15 cidades de seis estados, Douglas Falcão destacou o grau de envolvimento dos expositores com o tema de 2014 – "Ciência e tecnologia para o desenvolvimento social" – e o fortalecimento de uma rede entre as instituições responsáveis. "Além do êxito de transpor o conhecimento à sociedade, outro resultado interessante é o engajamento conjunto de institutos de pesquisa, universidades, instâncias municipais, estaduais e federais, organizações não governamentais e empresas privadas em prol da divulgação científica."
O diretor celebrou a tendência de prefeituras e governos estaduais estabelecerem oficialmente eventos paralelos à SNCT. "Cidades do Brasil inteiro, sejam grandes, médias ou pequenas, estão realmente formalizando por meio de portaria, ou decreto, a criação de semanas municipais e estaduais de ciência e tecnologia", contou. "Isso é extremamente importante, porque a divulgação da ciência acontece melhor onde existe estruturação institucional."

Acerca do tema de 2015, anunciado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, na abertura da SNCT em Brasília, Douglas reiterou o objetivo de alinhar o evento ao Ano Internacional da Luz, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Luz, ciência e vida é uma proposta extremamente ampla, que pode ser abordada por disciplinas como biologia, química, física, história e filosofia", disse. "Esse tema vai facilitar a criatividade." A 12ª edição está marcada para 19 a 25 de outubro de 2015.

Editais

O secretário reforçou o anúncio, com previsão de lançamento ainda para 2014, de uma chamada pública de R$ 2,5 milhões, ao lado do Instituto TIM, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). "Pela primeira vez, nós temos uma parceria do governo com uma empresa privada para estimular a divulgação da ciência", declarou. A proposta também se relaciona com o Ano Internacional da Luz.

Conforme explicou Douglas Falcão, o edital a ser lançado por MCTI e Instituto TIM busca apoiar instituições a desenvolverem atividades de divulgação na temática destinadas a crianças de 4 a 10 anos de idade. "A gente sabe que o contato com ciência e tecnologia deve ser o mais precoce possível", afirmou. "Essa iniciativa visa de certa forma preencher uma lacuna de faixa etária, já que boa parte das ações costuma se dirigir a jovens com mais de 10 anos." A chamada pode cobrir custos pela realização de projetos como exposições, jogos, material didático, peças teatrais e visitas a museus.
Oswaldo Duarte Filho recordou que o CNPq mantém abertos até 5 de novembro dois editais da Secis com o Ministério da Educação: um para apoiar a realização de feiras de ciências e mostras científicas, de âmbito nacional, estadual e municipal; e outro para financiar olímpiadas do conhecimento. O secretário também destacou o lançamento, durante a SNCT, de chamada pública de R$ 20,3 milhões para oferecer bolsas de pós-graduação em tecnologia assistiva.

Fonte: MCTI

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Projeto leva experimentos científicos para o agreste sergipano

O projeto Ciências sobre rodas: Busão da ciência do agreste ao sertão”  tem por objetivo aproximar a população de assuntos científicos e discutir conhecimento do senso comum ao científico. O projeto foi aprovado no edital de  Olimpíadas e Popularização da Ciência ofertado pela  Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe ( Fapitec/SE). O projeto começou a ser executado em 2012 no povoado Cajaiba, município de Itabaiana.


Cerca de 40 estudantes do curso de Química da Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus de Itabaiana, fazem parte do projeto. O coordenador do projeto Busão da Ciência, Edson Wartha, afirma que a recepção da população nas feiras livres enriquece o aprendizado dos alunos. “Os alunos aprendem mais do que ensinam nas feiras. As pessoas sempre têm algo para acrescentar e dar sugestões. Isso ajuda muito na formação dos alunos”.


O professor Edson destaca a importância do projeto Busão da Ciência como um instrumento de popularização . “Os centros de museus na maioria dos estados estão concentrados em grandes centros ou capitais. No nosso caso, o Busão do agreste e do sertão é um museu de ciências em disco rodas. Ele vai até as localidades, geralmente em locais onde a comunidade nunca imaginava um dia discutir ciências e participar de feiras científicas”.


Busão do Agreste
O Busão da Ciência leva para os municípios do agreste e sertão sergipano várias apresentações de ciência  e química, através do teatro de mamulengo para destacar a cultura típica do Nordeste. “Nessas apresentações tem uma peça de teatro científico oxigênio e nós discutimos a descoberta científica e como as pessoas enxergam esses assuntos. Na geografia, também tem peças de teatro que trabalham com a questão da manutenção da terra, dos animais e a relação do homem e natureza. Além de discutir o que é a Matemática ,  Física e  Biologia através de experimentos interativos que sempre são voltados para alguma questão local”, explica o professor Edson Wartha.
 

Para a acadêmica do curso de Química, Jucemira Nascimento, o Busão da Ciência traz interatividade para os alunos nas aulas práticas. “Eles contam a história e em certos momentos eles param aquela história que estava contando e começam fazer experimentos. Desse experimento termina a conclusão da historieta que eles fizeram”.     

Jucemira Nascimento conta que o projeto vem se expandindo cada vez mais nas escolas do interior sergipano. “ Tem sempre um professor que ensina em mais de uma escola e esse professor convida o grupo para apresentar em outras escolas divulgando o nosso projeto. Então é um projeto muito interessante que os professores têm vontade de apresentar nas escolas que trabalham”, explica.