sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Entenda como funciona



Quem participa?

Todas as pessoas interessadas podem participar das atividades da SNCT. Atualmente, colaboram com a realização deste grande evento as universidades e instituições de pesquisa; escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas e tecnológicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos e zoológicos; secretarias estaduais e municipais de C&T e de educação; empresas públicas e privadas; meios de comunicação; órgãos governamentais; ONGs e outras entidades da sociedade civil.



Qual o tema desse ano?

“CIÊNCIA PARA A REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES”

"Ciência para a Redução das Desigualdades” foi o tema escolhido para a décima quinta edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em 2018, que ocorrerá de 15 a 21 de outubro. A motivação para escolha baseia-se na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas – ONU, e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, em particular o ODS 10 – Redução das Desigualdades.
O tema da SNCT 2018 permite trazer à tona o debate acerca da contribuição das Ciências Sociais e Humanas para a redução das desigualdades no Brasil. Fomentar os usos sociais da ciência e da tecnologia permitirá ampliar as possibilidades de se combater a desigualdade social por meio da popularização e da divulgação da ciência e da tecnologia.
A utilização de resultados de pesquisas e de artefatos das Tecnologias Sociais e Assistivas, por exemplo, pode pavimentar um caminho robusto para reduzir a distância entre o conhecimento produzido e sua aplicação para melhoria da qualidade de vida. A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que contou em 2017 com mais de 1.300 municípios participantes, pode contribuir para a disseminação e popularização de soluções para problemas cotidianos que impactam sobremaneira a vida da maioria da população brasileira, como por exemplo: metodologias simplificadas para armazenamento e reciclagem de água; células fotovoltaicas adesivas para geração de energia solar; tecnologias para habitação popular com material reciclado; cadeiras de rodas e jogos interativos adaptáveis; análise para gestão de conflitos urbanos, entre outras.
A interdisciplinaridade e a transversalidade na abordagem do tema da SNCT 2018 podem ser o diferencial para um projeto com grande impacto na sociedade brasileira, demonstrando que a popularização da ciência pode ser, de fato, utilizada como ferramenta para o alcance da melhoria de vida e do empoderamento da população.

Perguntas orientadoras:

  • Quais são as principais desigualdades sociais verificadas neste País?
  • Como o conhecimento científico e tecnológico pode influenciar a necessária redução dessas desigualdades?
  • Quais são os possíveis usos sociais da Ciência? Como aplicar esse conhecimento científico?

São exemplos de assuntos que podem ser abordados na SNCT 2018:
  1. Desigualdade social é um conceito abrangente, que envolve condições socioeconômicas e também culturais, e que aponta, sobretudo, para a busca por soluções integradas e sustentáveis aos desafios contemporâneos. Qual seria o principal desafio à melhoria da qualidade de vida na sua localidade?
  2. O Brasil é um dos maiores produtores de artigos científicos no mundo. Qual é a possibilidade de aplicar o conhecimento construído – e publicado em artigos científicos - na solução de problemas sociais candentes, como doenças degenerativas, produção de energias alternativas com baixo custo, manejo florestal sustentável, sistemas de tratamento de água, poluição marinha?
  3. As diferentes áreas do conhecimento científico podem contribuir de diferentes formas para a melhoria da qualidade de vida da população. Você conhece algum caso de sucesso de aplicação da ciência em soluções de baixo custo?
  4. Você conhece algum inventor? Alguém que tenha aprimorado um produto ou processo e aplicado esta invenção no cotidiano?
  5. A ciência brasileira deveria contar com a contribuição de todos os registros de conhecimento, inclusive aqueles a que costumamos chamar conhecimentos tradicionais. As populações que vivem no interior do Brasil dispõem de um vasto conhecimento sobre ervas que tratam dos mais diversos problemas de saúde. A experiência das populações tradicionais envolvidas nas atividades de pesca artesanal é fundamental para o mapeamento de qualquer região litorânea. É possível disseminar, escrever e publicar sobre esse conhecimento tácito, passado entre gerações?
  6. As cidades crescem atualmente a uma velocidade sem precedentes. A população urbana deve dobrar até 2030, adicionando mais 2 bilhões de pessoas ao meio urbano e acelerando a demanda por infraestrutura, serviços básicos, habitação e aumentando a pressão sobre os recursos naturais. Como a ciência e a tecnologia podem contribuir na busca de alternativas que levem à transição para cidades mais sustentáveis?
  7. Em um país, as desigualdades são tipicamente distribuídas de forma desigual entre as regiões, e entre as áreas urbanas, periurbanas e rurais. A história, a cultura, o status social também afetam o nível e a reprodução das desigualdades. É possível mapear essas diferenças na sua região ou localidade e propor soluções de cunho científico-tecnológico para reduzi-las?
  8. O número de mulheres envolvidas em carreiras científicas tem crescido significativamente no mundo. Entretanto, ainda são minoria no campo científico e no campo político: compõem somente 30% dos pesquisadores mundiais (UNESCO, 2017) e menos de um terço das vagas do Congresso Nacional Brasileiro. Como criar condições para reduzir as diferenças de poder, de cargo e de salários entre homens e mulheres?
  9. Tecnologias Sociais são consideradas um conjunto de produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que represente efetivas soluções de transformação social. Você conhece alguma Tecnologia Social disponível na sua região?
  10. Tecnologias Assistivas podem ser definidas como recursos, serviços e produtos que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. Os serviços e espaços públicos do seu município são acessíveis a pessoas com deficiência? Como a tecnologia pode auxiliar nesse processo?
  11. Spirulina é uma cianobactéria fotossintética, uma das mais produzidas no mundo. Sua biomassa possui alto valor nutricional e pode compor merendas escolares para garantir um nível de nutrição mais adequado às crianças em fase de crescimento. Como a ciência e a tecnologia podem contribuir para a produção de super alimentos com base na biodiversidade brasileira que proporcionem um nível de nutrição adequado à população das diversas regiões do país, principalmente crianças?
  12. A indústria 4.0, as Tecnologias Digitais e demais novas tecnologias tem imenso potencial de aumento de produtividade do trabalho, além de possibilitarem mais ampla disseminação de informações. Como serão distribuídos os ganhos advindos desse aumento de produtividade? Como a juventude, particularmente, está sendo preparada para um mundo com crescente protagonismo de máquinas e inteligências artificiais?
  13. Várias avaliações concluíram que, em 2015, quase metade de toda a riqueza das famílias de todo o mundo pertencia a 1% da população mundial, e que as 62 pessoas mais ricas possuíam o mesmo que a metade inferior da humanidade (Relatório Mundial de Ciências Sociais, 2016). Como o conhecimento científico pode contribuir para a redução das desigualdades econômicas e o alcance de uma sociedade mais justa?
  14. O Brasil é um país continental com desigualdades regionais dramáticas, cuja superação representa um desafio secular da nossa sociedade. Mas a diversidade ambiental e cultural pode significar maior diversidade de abordagens a problemas, mais criatividade no desenvolvimento de soluções, na geração de hipóteses, etc. Como a ciência pode ajudar na superação das históricas desigualdades regionais brasileiras?
  15. A desigualdade ambiental se caracteriza pela irregularidade no acesso a recursos naturais e aos benefícios de sua exploração, exposição à poluição e a riscos, diferenças quanto à capacidade de se adaptar a tais ameaças. Qual é o papel da educação científica ambiental na redução desse tipo de desigualdade?
  16. Você conhece técnicas que permitam a exploração sustentável do meio ambiente e que possam ser disseminadas em comunidades cujo sustento depende da natureza?
  17. A discriminação em virtude de cor, cultura, origem racial ou étnica coloca pessoas de grupos raciais ou étnicos em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo estado. Como a ciência pode contribuir para a resolução desse tipo de desigualdade?
  18. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estão inter-relacionados e devem ser trabalhados de maneira integrada e interdisciplinar. Como o conhecimento científico pode contribuir para o alcance dos ODS e suas metas?
  19. Como as metas propostas para o alcance dos ODS se adaptam à sua realidade? Você consegue propor uma forma de conscientizar o público sobre a importância de cumprir as 169 metas dos ODS?
  20. Você conhece algum projeto de Ciência Cidadã? Essas iniciativas contribuem tanto para pesquisa quanto para educação. Elas proporcionam oportunidades para a aquisição de dados com amplitude muito maior, tanto em espaço geográfico quanto em tempo, do que equipes de cientistas seriam capazes. Como projetos de ciência cidadã podem contribuir para a redução das desigualdades?


Quem Coordena?

A coordenação nacional da SNCT é de responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio da Coordenação-Geral de Popularização e Divulgação da Ciência, da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento. Em cada estado, existem parceiros locais que podem orientar em como participar da SNCT.  A realização da Semana conta com a participação ativa de governos estaduais e municipais, de instituições de ensino e pesquisa, e de entidades ligadas à C&T de cada região. Muitos estados e municípios já criaram suas semanas estaduais ou municipais de C&T, articuladas com a SNCT.

Fonte:  SNCT MCTIC